quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Te espero.



                 Aquela era uma madrugada de Natal, não parecia, mas era. E você apareceu do nada, como aquela rajada de vento na noite quente. Meus olhos se prenderam nos seus, azuis. Em um rápido olhar eu já percebi que você parecia um dos cantores daquela banda que a minha amiga gosta, e eu gostei de você. Talvez tenha sido a minha primeira atração física, ou não.
            Eu olhei pra você, e não desviei os olhos pelo resto do tempo em que você permaneceu lá, porém teve que ir embora, tão rápido quanto tinha chegado. Por tempos ainda fiquei com os seus olhos, o seu cabelo, a sua roupa e tudo o que você transpassava para mim na cabeça, mas já era tempo de esquecer, era tempo de voltar para onde eu nunca deveria ter saído, a cova que eu mesma cavei quando me aprofundei demais em um relacionamento que não traria nada para mim.
            Ainda desejo, do fundo do meu ser que um dia eu te encontre assim, na rua, de repente, e te conheça melhor. Por enquanto nem sei seu nome, ou o porque de ter chegado naquela noite na casa dos amigos dos meus pais, do nada, como uma rajada de vento na noite quente.

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