Eu não
queria, juro que não, mais fica meio difícil não pensar em você enquanto toca a
nossa música no rádio. E, por incrível que pareça, eu ainda lembro de quando
minha cabeça se encaixava no seu ombro. De como eu sorria só de te ver sorrir,
de como eu te confortei quando você chorava. Eu me lembro de quando dançamos na
frente de tantas outras pessoas, e de quando conversávamos sobre qualquer
coisa. Me lembro de quando trocávamos olhares, e me lembro de sentir o seu
perfume, e o seu cabelo entre meus dedos. Me lembro de quando, por idiotice
nossa, compartilhávamos das mesmas comunidades de Orkut que falavam de amizade
que virou amor.
Mas nenhuma
delas de amor que virou tragédia. Nenhuma delas de quando nos separamos por
obra do destino, ou de nós mesmos afinal. De todas as noites em que chorei, por
lembrar exatamente disso. Do nosso silêncio, do abismo gigante que se abriu
entre nós. Nenhumas delas falava de nem olharmos mais um na cara do outro, de
nem trocarmos mais palavras. Nem do final, que eu jurava que iria ser feliz.
Tudo vai
dar certo no fim das contas? Acho que não. Talvez eu tenha estragado tudo, ou o
amor que eu achava que você sentia por mim nunca tenha existido. Só demorou
para que eu entendesse e enxergasse isso. Foi duro, e eu não desejo isso a ninguém.
Mas me ensinou muitas coisas. A ser forte nos momentos ruins, foi uma delas. A
não se preocupar com o que vai acontecer dali a 5 minutos, idem.
Talvez eu
tenha começado a dar valor aos momentos bons da vida, mesmo que essa seja uma
das frases clichês que tenho guardado no meu estoque, e visto que um término não
é o fim do mundo, mais sim o começo de uma nova historia. Que poderá contar com
novos personagens e um enredo diferenciado, que não fique só na água com açúcar
que estou acostumada a viver. Talvez eu ainda tenha que aprender que você não será
o único a passar pela minha vida.
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