Ele: Posso me sentar?
Ela: Ahn... Desculpe. Estou
esperando uma pessoa.
Ele: Faz duas horas que está aqui
no mesmo lugar.
Ela: Como sabe?
Ele: Te observo a três. Me
desculpe, só agora tive coragem de me aproximar.
Ela: Se aproximar?
Ele: Saber seu nome, ou se, sei
lá, quer um café?
Ela: Eu não gosto de café.
Ele: Ok. Até agora já descobri
que tem um amor não correspondido e que não gosta de café. O que mais?
Ela: Quem disse que tenho um amor
não correspondido?
Ele: Quem disse que não tem?
Ela: Tá, tá bom. Você venceu. Ele
nunca iria querer algo comigo mesmo.
Ele: Ele quem?
Ela: O meu amor não
correspondido.
Ele: E quem ia ser idiota o
bastante pra não te querer?
Ela: A pergunta é: Quem iria ser
idiota o bastante para me querer.
Ele: Essa não, acho que está
passando muito tempo comigo.
Ela: Foi você quem quis assim.
Ele: Não, não fui eu.
Ela: Ah, é?! Então quem foi?
Ele: O destino. Ele exerce uma
força enorme sobre mim.
Ela: Você é louco.
Ele: Você gosta dos loucos.
Ela: Quem disse?
Ele: Oras. Somente um louco iria
te fazer esperar duas horas.
Ela: Somente um louco iria ficar
olhando para uma garota sozinha durante três horas seguidas para tomar uma
atitude.
Ele: Mas não foram três horas
seguidas. Sabe, eu sai pra tomar um café.
Ela: Sem me convidar?
Ele: Mas você nem gosta de café!
Ela: E daí? Eu garanto que nesse
Café iria ter um chá.
Ele: Você gosta de chá?
Ela: Verde.
Ele: Eu gosto de café.
Ela: Eu já percebi.
Ele: É. E o que mais percebeu em
mim?
Ela: Que é louco o bastante para
ir atrás do que quer.
Ele: Exatamente.
Ela: Exatamente o que?
Ele: Eu quero você.
Ela: Mas você nem me conhece.
Ele: E daí?
Ela: Não se começa um relacionamento
assim...
Ele: Ok. Vamos começar de novo.
Ele: Posso me sentar?
Ela: Claro.
Ele: Quer tomar um café?
Ela: Não.
Ele: Não?
Ela: Não, eu quero tomar um chá. Verde.
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